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Basta!
O Flap das asas que se abriam novamente. Arredias, num bater violento das penas que mudavam de cor entre o cinza chumbo e um negro quase tão intenso quanto a de seu irmão. Marcas e cicatrizes ainda abertas espalhadas pelo corpo. Cada salto ao abismo lhe rendia uma nova lição. Uma nova revelação. O sorriso insano da liberdade lhe tomava o rosto de uma forma magnífica. “não há arrependimentos nem olhares para trás” “existe jugo, existe intolerância” “e vc se importa?” “só até certo ponto” Mais uma vez o sorriso e a voz que lhe acompanhava desde a queda. Foi dado o basta. O basta a aceitar o que alguns dos seus lhe exigiam, ou mesmo o que queriam. Fora dado o basta de aceitar meias palavras, meias verdades, o irritar pq o seu plano não caminha ao mesmo passo que os seus. E fora dado um basta para palavras duras que insistiam em dizer pois sabiam que conhecendo o poder de dor que pode causar preferia manter-se caldo e entender. As favas. Mesmo os seus são acometidos de Egoismo intrínseco na alma que não permite que se não for como eles querem, se saia ileso. Um egoísmo que foge das fronteiras do que a boca torpe possa chamar de irmão. Egoismo. Cansaço. As asas que de mudança voltavam ao chumbo se abriam em completa envergadura. Mais uma batalha travada. Uma batalha que separa lados. Ainda que sob os olhos atentos do irmão de asas negras que do outro lado do abismo poderia escutar o sussurrar ao vento. Basta! Laços são arrancados.. Se é que um dia existiram. E ódio destila dos lábios do que outrora fora chamado de irmão, e alimenta a ira que fortalece as asas chumbo que segue pisando em caveiras e estilhaços jogados no chão. Basta. Estás enfim extirpado. Fiat voluntas tua.
Rabiscado por Sandman
2 :... Encontre a si mesmo ...:
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